Proibições em Lages: Parece que respirar ainda pode… por enquanto
Os construtores das medidas (para não usar o termo arquitetos) não fazem ideia de quantas vezes foram mandados para o inferno nos últimos dias por conta daquelas pessoas que estão se sentindo prejudicadas. Trata-se de uma ou outra medida adotada que causa estranheza (para não usar outra palavra).
QUESTÃO DO SOM
Desde que o mundo é mundo, o lageano dividia os ouvidos com os serviços de carro de som. Nada agressivo e nem fora de controle. Eram meia dúzia de trabalhadores retirando dos veículos e do serviço o sustento. Os comerciantes, por sua vez, aproveitavam a oportunidade para propagar o que ofertavam no mercado. Mas nada pode mais. Nem convidar o torcedor para assistir aos jogos do Inter no Tio Vida é permitido. E pior. A proibição veio devereda. Sem prévio aviso!
OUTRA MEDIDA EXTREMA
Ficticiamente falando, quando Noé recebeu a incumbência de juntar os animais na Arca,espalhou um panfleto sobre a missão. O Caçador para alertar dos riscos que o Lobo Maurepresentava, colocou panfletos na floresta. Billy The Kid sofreu agruras porque onde o pistoleiro chegava tinha panfleto oferecendo recompensa pela sua captura. Correia Pinto quando fundou Lages tratou de deixar uns panfletos ali no Tanque para que as lavadeiras tivessem cuidado com os índios. Pois pasmem! Está proibida a distribuição de panfleto em Lages. No mundo inteiro pode. Em Lages, que é outro mundo, nada de panfleto!
A EXIGÊNCIA É PARA TODOS?
Bobagem. Nada da medida de proibir panfletos abranger a todos. Só o comerciante local que tenta atrair clientela com um panfletinho é atingido. As grandes redes ou estabelecimentos diferenciados mantêm a estratégia.
ENTENDA-SE QUE…
Panfleto é uma forma do consumidor comparar preço e fazer o ‘rancho’ onde é mais barato. Mas pelo jeito a proibição é coisa dos mais ‘careiros’ que não querem perder a freguesia.
PROVA DO TRATAMENTO DESIGUAL
Enquanto o comércio local foi intimado a não distribuir panfleto, grandes redes seguempeleando sem dificuldades. Eram 12h05min e uma moça (ganhando seu sagrado dinheirinho) descia a rua Paulo Alves de Liz entregando panfletos de uma rede varejista. NA cidade, está cheio de exemplo de que os panfletos seguem sendo distribuídos, enquanto a proibição está mantida. Observe:
ENTÃO?
É proibido material publicitário ou a medida é apenas para alguns? E qual o sentido de proibir uma medida dessas que é bom para o consumidor? De quem é a ideia mirabolante de tal limitação? Há uma lei local – o arcaico Código de Posturas – que determina isso? Derrube-se a lei porque ela não faz sentido. Onde se viu o vivente não poder receber um panfleto ao estar transitando na rua?
EM TEMPO
A postagem não vê demérito em nenhum dos estabelecimentos que aparecem aqui com panfleto. Isso existe em qualquer cidade. É uma forma de atrair a clientela e de apresentar preços diferenciados que levarão o consumidor a escolher este ou aquele estabelecimento. Ademais, se existe proibição, que ela seja para todos. Ou então que se recolha e deixe-se o pessoal trabalhar!
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